O
termo estresse denota o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação
emocional e, ao perturbarem a homeostasia, disparam um processo de adaptação caracterizado,
entre outras alterações, pelo aumento de secreção de adrenalina produzindo
diversas manifestações sistêmicas, com distúrbios fisiológico e psicológico. O termo
estressor por sua vez define o evento ou estímulo que provoca ou conduz ao
estresse.
MARGIS,
Regina et. al.,Relação entre estressores, estresse e ansiedade. R. Psiquiatr. RS, 25 (suplemento 1): 65-74, abril 2003.
A testosterona é um hormônio
anabólico, enquanto o cortisol, cuja produção é aumentada em situações de
estresse (como o treinamento intenso e de longa duração), está relacionado com
o catabolismo dos tecidos muscular esquelético e adiposo. A razão entre as concentrações
plasmáticas destes dois hormônios pode ser utilizada como sinalizadora do nível
de anabolismo/catabolismo apresentado pelo praticante.Verificou-se uma redução nos
níveis de testosterona após um mesocíclo de treinamento para os corredores
velocistas. Neste estudo foi percebida uma tendência de queda na concentração de
testosterona apenas para este grupo de corredores, que treinaram com uma
intensidade maior do que os corredores fundistas. Sugere-se então, que a
intensidade seja mais importante do que o volume de treinamento para
desencadear uma inibição sobre os níveis basais de testosterona plasmática.
Quanto ao cortisol,
verifica-se o aumento da concentração sanguínea devido a maior intensidade da
atividade constatada no grupo dos velocistas, no entanto tem sido sugerido eu este
aumento é mais pronunciado em exercícios intensos de longa duração e que ocorre
aproximadamente 15 min. após a realização de um exercício intenso. Além disso,
tem sido demonstrado que a repetição de séries de exercício intermitente
resulta em respostas mais acentuadas na liberação de hormônios metabólicos
quando comparado a uma série única de exercícios.
SIMÕES, Hebert Gustavo et al., Resposta da razão testosterona/cortisol durante o treinaento de corredores velocistas e fundistas. Rer. Bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, n. 1, p. 31-46, jan./mar. 2004.
A
prescrição de exercícios físicos no limiar ventilatório 1 com um volume baixo
ou moderado, aplicados na forma de um programa de treinamento progressivo
controlado, pode ser considerada como importante instrumento de prevenção de
doenças, de promoção da saúde e auxiliar no tratamento de diversas patologias, senão
como terapêutica única ao menos como auxiliar nas terapêuticas tradicionais e,
portanto, devem caracterizar inicialmente um programa de exercícios físicos
para indivíduos com transtorno de ansiedade, de forma que a recomendação de
programas de exercícios físicos em intensidades de baixa a moderada podem ser
uma opção de tratamento coadjuvante para esta população.
ARAÚJO,
Sônia Regina Cassiano de; et al.. Transtornos de ansiedade e o exercício físico. Rev. Bras. Psiquiatr. 2007; 29(2): 164-171.
Desta
forma, eu sugiro que para os alunos, clientes e/ou pacientes possam ser
orientados adequadamente quando se encontrarem em um quadro de ansiedade. Sendo
assim estimulados a praticarem atividades de curta duração, e com baixa
intensidade ou moderada, adaptando o treinamento para os objetivos de cada um.
O bom profissional saberá orientar, apesar de não haverem estudos conclusivos
quanto a intensidade e duração dos exercícios para este público!!! A Leitura dos artigos de referência é indispensável!