segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Ansiedade e Exercícios Físicos

O termo estresse denota o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação emocional e, ao perturbarem a homeostasia, disparam um processo de adaptação caracterizado, entre outras alterações, pelo aumento de secreção de adrenalina produzindo diversas manifestações sistêmicas, com distúrbios fisiológico e psicológico. O termo estressor por sua vez define o evento ou estímulo que provoca ou conduz ao estresse.


MARGIS, Regina et. al.,Relação entre estressores, estresse e ansiedade. R. Psiquiatr. RS, 25 (suplemento 1): 65-74, abril 2003.

A testosterona é um hormônio anabólico, enquanto o cortisol, cuja produção é aumentada em situações de estresse (como o treinamento intenso e de longa duração), está relacionado com o catabolismo dos tecidos muscular esquelético e adiposo. A razão entre as concentrações plasmáticas destes dois hormônios pode ser utilizada como sinalizadora do nível de anabolismo/catabolismo apresentado pelo praticante.Verificou-se uma redução nos níveis de testosterona após um mesocíclo de treinamento para os corredores velocistas. Neste estudo foi percebida uma tendência de queda na concentração de testosterona apenas para este grupo de corredores, que treinaram com uma intensidade maior do que os corredores fundistas. Sugere-se então, que a intensidade seja mais importante do que o volume de treinamento para desencadear uma inibição sobre os níveis basais de testosterona plasmática.
Quanto ao cortisol, verifica-se o aumento da concentração sanguínea devido a maior intensidade da atividade constatada no grupo dos velocistas, no entanto tem sido sugerido eu este aumento é mais pronunciado em exercícios intensos de longa duração e que ocorre aproximadamente 15 min. após a realização de um exercício intenso. Além disso, tem sido demonstrado que a repetição de séries de exercício intermitente resulta em respostas mais acentuadas na liberação de hormônios metabólicos quando comparado a uma série única de exercícios.

 SIMÕES, Hebert Gustavo et al., Resposta da razão testosterona/cortisol durante o treinaento de corredores velocistas e fundistas. Rer. Bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, n. 1, p. 31-46, jan./mar. 2004.

A prescrição de exercícios físicos no limiar ventilatório 1 com um volume baixo ou moderado, aplicados na forma de um programa de treinamento progressivo controlado, pode ser considerada como importante instrumento de prevenção de doenças, de promoção da saúde e auxiliar no tratamento de diversas patologias, senão como terapêutica única ao menos como auxiliar nas terapêuticas tradicionais e, portanto, devem caracterizar inicialmente um programa de exercícios físicos para indivíduos com transtorno de ansiedade, de forma que a recomendação de programas de exercícios físicos em intensidades de baixa a moderada podem ser uma opção de tratamento coadjuvante para esta população.

ARAÚJO, Sônia Regina Cassiano de; et al.. Transtornos de ansiedade e o exercício físico. Rev. Bras. Psiquiatr. 2007; 29(2): 164-171.


Desta forma, eu sugiro que para os alunos, clientes e/ou pacientes possam ser orientados adequadamente quando se encontrarem em um quadro de ansiedade. Sendo assim estimulados a praticarem atividades de curta duração, e com baixa intensidade ou moderada, adaptando o treinamento para os objetivos de cada um. O bom profissional saberá orientar, apesar de não haverem estudos conclusivos quanto a intensidade e duração dos exercícios para este público!!! A Leitura dos artigos de referência é indispensável!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Dieta...

Senhoras, senhores,... Não adianta. Pode entrar em academia, correr, caminhar, treinar o quanto for... Mas PELO AMOR DE DEUS, antes de qualquer coisa...  CONTROLE SUA DIETA. Assim, você poderá perceber que ganhou ou perdeu peso (conforme objetivo) apenas pelo controle de sua dieta para ganha ou perder peso. É a pessoa mais indicada a lhe informar sobre esse controle é o nutricionista. Além disso, muitas outras funções do seu corpo irão melhorar e quando começar com a atividade física ou exercício físico, perceberá uma facilidade muito maior e melhores resultados serão colhidos.

terça-feira, 18 de março de 2014

Como se vestem...

Alguém já notou como se veste o médico  enquanto trabalha? Como ele se comporta com atenção, cuidado e profissionalismo(a maioria)? E o advogado,  Promotor, o Juiz em seu ambiente de trabalho?
Alguém já notou como se veste o Educador físico em sem ambiente de trabalho, seja ele qual for? Como se comporta? Se tem atenção e profissionalismo,... (a maioria não apresentam estas características). Como mudar esta situação que reflete na valorização do profissional? Que características estas outras profissões tem que o Educador Físico não tem? Seria compromisso com a profissão? A maneira de se vestir, interfere na forma que o Educador Físico é visto pela sociedade? Seu trabalho é visto como essencial pela sociedade? Das categorias profissionais citadas, qual a que estuda mais e qual a que estuda menos? Quem tem mais a oferecer ao cliente/paciente?
Em diversas academias de ginástica da cidade de Belo Horizonte, cada uma estipula o "uniforme" que o educador físico deve adotar para desempenhar bem ou mal a sua função. Este é um fator importante?
No hospital os médicos e enfermeiros usam o branco característico (da área da saúde, como a Educação Física). Num fórum, desde um simples advogado até o desembargador, usa terno.
A função destes profissionais estão sempre em destaque e com alto grau de importância com relação aos seus serviços prestados à sociedade. Agora pergunto, e o Educador Físico?
Quando ele conquistará seu espaço, que a meu ver, ainda não é tão merecido.
Pois devemos salvaguardar aqueles profissionais que levam a sério o seu trabalho e trazem medalhas para o país, estudam e trabalham duro para conquistar o seu espaço.
 Imagino que o MKT, o trabalho duro e o esforço acadêmico possam fazer com que os educadores físicos conquistem o valor necessário para compensar o trabalho duro que tem que executar, porém, nem todos executam.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Força Rápida


Sumariamente, podemos dizer que o treino de força explosiva se deve realizar com cargas máximas e a máxima velocidade de contração muscular, para que se garanta uma suficiente ativação nervosa dos fatores intramusculares (recrutamento, freqüência e descarga dos impulsos e sincronismo das unidades motoras). Contrariamente, o treino da potência deve ser realizado com cargas médias, com máxima velocidade de execução de um determinado gesto, ação e/ou seqüência motora específica. Daí cair fortemente na esfera do treino coordenativo ou técnico. Assim se depreende que sejamos da opinião de que estas duas manifestações de força rápida não podem, nem devem, ser identificadas como sinônimos de uma mesma capacidade motora.
Se, para além do registro da força produzida, avaliarmos também o tempo do movimento, observamos uma correlação negativa entre Fmax e o tempo de movimento.
Esta correlação aumentará à medida que as cargas se aproximam do máximo individual e, por outro lado, se a resistência a vencer for baixa, a influência da Fmax diminui gradualmente e a velocidade de execução tenderá a assumir maior predominância.

FORÇA RÁPIDA SE DIVIDE EM:
1- FORÇA EXPLOSIVA MÁXIMA
2- POTÊNCIA MUSCULAR

ENTÃO:
 1- Define FORÇA EXPLOSIVA como a capacidade de obter valores elevados de força em tempo muito curto. O mesmo quer dizer que é a capacidade neuromuscular de superar com alta velocidade de execução resistências bastante altas. A força explosiva depende da velocidade de contracção muscular, em resultado da estimulação neuro-sensorial, ou seja, depende fortemente da intensidade da descarga dos impulsos nervosos. De tudo isto se deduz facilmente que a força explosiva máxima se produz na fase estática de qualquer deslocamento de uma resistência e que se a resistência for muito pequena não se pode produzir a dita força explosiva máxima.

Quanto maior é o grau de desenvolvimento da força (produzido na fase estática) mais rapidamente pode ser realizada a fase de aceleração (fase que começa precisamente no início do movimento).

A Fexp e a Fexp max, como referimos, conseguem maiores expressões de força em presença de resistências máximas ou quasi-máximas. Logo, perante cargas de tal magnitude, para além de existir uma fase estática considerável, a velocidade de deslocamento terá de ser sempre reduzida. A sua aceleração é, naturalmente, baixa, no entanto, a “intenção” de vencer essa carga tem de ser feita com grande explosividade e, assim, a velocidade de contracção muscular terá de ser máxima.
 
Há aqui que distinguir dois conceitos que muitas vezes a literatura da especialidade não tem explicitado convenientemente: uma coisa é a velocidade de execução de um movimento e outra é a velocidade de contracção muscular, que, não sendo antagónicas.
Por esta razão, para mobilizar as fibras rápidas, é necessário vencer resistências muito próximas do máximo individual, pois só assim se garante o recrutamento dessas fibras.
O número maior de estímulos por unidade de tempo é crucial que a ação muscular seja realizada de forma explosiva, logo, com uma grande velocidade de contracção muscular, lembrando que a fase isométrica  é a mais considerada neste tipo de treinamento.
 
2- POTÊNCIA MUSCULAR
Potência é igual ao produto da Força pela Velocidade (P=F.V), ou seja, o produto da Força que um segmento do corpo pode produzir pela velocidade desse segmento. A maior potência e a velocidade máxima de contração não se conseguem perante resistências ligeiras, nem quando utilizamos grandes resistências a velocidade baixa, mas quando realizamos o movimento com cargas e com velocidades intermédias.
A potência alcança os seus níveis máximos e está ainda subdividida:
3.1 – Parte em que o cume do rendimento é limitado
pela força máxima;
3.2 – Parte em que o cume do rendimento é limitado
pela velocidade máxima.
Poderemos interpretar que treinar, ao mesmo tempo, a força e velocidade na sua expressão maximal. Esta zona joga, assim, um papel determinante do ponto de vista do desenvolvimento da força e velocidade.
Embora a produção de potência seja máxima quando a força muscular é de cerca de um terço do máximo, a produção de potência aumenta à medida que o músculo se torna mais forte (a área de secção transversal aumenta), e, assim, o valor de um terço aumenta.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

SUPLEMENTAÇÃO PROTÉICA

Através de uma curiosidade sobre o consumo de suplementos protéicos, fiz uma rápida pesquisa e verifiquei que:

Observa-se que há aumento progressivo na relação cintura-quadril com o avanço da idade, que é decorrente de elevação da gordura abdominal da mulher em menopausa (LEY et al., 1992 e TRÉMOLLIERES et al. 1996).

“O consumo de suplemento protéico acima das necessidades diárias NÃO determina ganho de massa muscular e pode levar a problemas renais e armazenado de gordura."

(Cristiane Perrone).

Estudos recomendam que o uso dos suplementos proteicos, como a proteína do soro do leite, caseína ou a albumina da clara do ovo, deve estar de acordo com a ingestão proteica total. O consumo adicional desses suplementos proteicos acima das necessidades diárias (1,8g/kg/dia) não determina ganho de massa muscular adicional, nem promove aumento do desempenho, pelo contrário, podem levar a problemas renais e o excesso de proteína ser armazenado na forma de gordura.

FONTE: (http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/2013/04/hipertrofia-muscular-e-resultado-de-treino-e-correta-injestao-de-proteinas.html)