terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Nutrução

Nutrição esportiva é a área que aplica a base de conhecimentos em: Nutrição, fisiologia e bioquímica no esporte e atividade física. Os principais objetivos da nutrição esportiva são: promover saúde; melhorar o desempenho e otimizar a recuperação pós-exercício.

A nutrição esportiva é uma área acadêmica intimamente relacionada ao curso de Educação Física e ao curso de Nutriçao (Lollo et al., 20041 ). A alimentação é responsável por manter nossa produção de energia estável de maneira a possibilitar todas as reações orgânicas em nosso corpo e fazer com que seja possível crescermos. Nosso corpo é estruturado basicamente por água, proteínas, gordura e minerais, e estes componentes precisam ser fornecidos ao organismo pela alimentação. Desta forma a nutrição esportiva pode auxiliar um programa de exercícios com finalidade específica, seja para melhoria da saúde (por exemplo: emagrecimento), aumento de força ou hipertrofia muscular.
Atualmente a nutrição esportiva é considerada por alguns autores como o segundo fator que mais influencia o desempenho de atletas, sendo o primeiro fator o treinamento. Obviamente depende-se da modalidade esportiva em questão, para um maratonista a nutrição esportiva é muito mais importante que para um atleta do tiro com arco Neste caso, a psicologia esportiva provavelmente será o segundo fator mais importante.
Por apresentarem mais massa muscular, os atletas têm um metabolismo basal de cerca de 5% maior do que os sedentários. Devido ao treinamento, para uma mesma carga, um treinado tem um gasto menor de energia.

Fonte: Wikipédia.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Resultado da Enquete

As pessoas que votaram optaram por uma condição de vida saudável, um bom condicionamento físico; que empataram no número de votos. Em segundo lugar, se mantar na moda, em forma com um corpo bonito. Infelizmente, poucas pessoas votaram e não se pode tirar conclusões com este número. No entanto, percebe-se que a maior parte dos motivos estão bem divididos e isto pode estar sendo causado na imagem que cada pessoa quer ter de si mesmo (a), ser vista. Isto implica o fato de se importar com a  forma com que as pessoas nos veem. Será que deve mesmo ser essa a nossa preocupação?

Hipertrofia Muscular


.......Além da hipertrofia é possível que o aumento da massa muscular também seja resultado da hiperplasia, que pode ser traduzida por um aumento no número de células, ou fibras musculares em relação ao número original. No entanto, a hiperplasia parece ocorrer somente em circunstâncias especiais. O treinamento de força desenvolvido por atletas de elite de fisiculturismo parece ser uma das condições para a ocorrência da hiperplasia. Sabe-se que os protocolos de treinamento destes indivíduos se constituem de volumes e intensidades muito altos e que estes atingem um nível de hipertrofia muscular surpreendente. Ao que parece, há um limite para hipertrofia da fibra muscular esquelética e que, a partir deste limite, estas se dividiriam em duas fibras de menor tamanho para continuar crescendo.

Uma das questões fundamentais da fisiologia do exercício têm sido os mecanismos de adaptação muscular ao treinamento de força. A resposta habitual a estas questões é o aumento do tamanho, tanto em diâmetro quanto em comprimento, das fibras musculares existentes. A este mecanismo dá-se o nome de hipertrofia.
.......A hipertrofia do músculo esquelético corresponde ao aumento do volume da fibra muscular (aumento individual da sua área transversal). Trata-se de um fenômeno de adaptação comumente observado no tecido muscular quando este é submetido a um regime de exercício físico como, por exemplo, o treinamento de força ou treinamento contra resistência. O grau de hipertrofia sofrida pelo músculo estará diretamente relacionado ao tipo e intensidade do exercício.
.......À capacidade do músculo esquelético de se adaptar às demandas funcionais que o organismo impõe damos o nome de “plasticidade muscular”. Esse mecanismo de adaptação das proteínas componentes dos miofilamentos obedece a imposições hormonais e do exercício. Um exemplo claro e simples é a adaptação da densidade muscular que ocorre com um homem praticante de musculação. Com a prática contínua de levantamento de peso, observa-se um aumento da densidade muscular. Ao contrário, um músculo que perde a inervação, ou que é mantido imobilizado, pode sofrer um processo chamado de hipotrofia ou atrofia muscular, que se caracteriza pela perda da massa muscular (diminuição do conteúdo protéico da célula muscular).
.......A adaptação do organismo ao estímulo de sobrecarga tensional é a síntese de proteína contrátil miofibrilar, sendo este o mecanismo mais importante para a hipertrofia do músculo esquelético. A resposta metabólica ao treinamento também contribui para a hipertrofia da fibra muscular principalmente devido ao estímulo para o aumento do volume e número das mitocôndrias e ao acúmulo de glicogênio e água. Com isso, observa-se um aumento da resistência, aeróbia ou anaeróbia, dependendo do tipo de esforço envolvido no treinamento. A quantidade de glicogênio pode triplicar nos músculos adequadamente treinados e ao considerar que cada grama de glicogênio carreia quase três gramas de água, compreende-se o grande aumento do conteúdo de água intracelular resultante deste processo. Por razões diversas, a sobrecarga metabólica anaeróbia associa-se com maior grau de hipertrofia muscular do que a aeróbia. As mitocôndrias e a vascularização aumentam na sobrecarga metabólica anaeróbia em função da ativação paralela do metabolismo aeróbio.
.......Nos exercícios resistidos, as sobrecargas de treinamento no músculo esquelético podem ser facilmente manipuladas. O treinamento para força enfatiza a sobrecarga tensional com pesos elevados e consequentemente baixas repetições, geralmente entre três e cinco. Os intervalos entre séries costumam ser maiores do que dois minutos. A hipertrofia ocorre lentamente porque a síntese protéica é um processo lento e pode atingir grande magnitude. O treinamento para resistência é realizado com cargas menores e repetições mais elevadas, geralmente entre quinze e vinte. Os intervalos de descanso costumam ser menores do que um minuto. A hipertrofia ocorre mais rapidamente porque o acúmulo de glicogênio é um processo relativamente rápido. A magnitude da hipertrofia, no entanto é menor, pelo menos a curto prazo, visto que o processo é limitado pela saturação do glicogênio intracelular em torno de 4,5 gr %. A perda de volume muscular com o destreinamento é rápida, devido ao caráter não estrutural do glicogênio e da água. A hipertrofia máxima ocorre com a associação de sobrecargas, que pode ocorrer de diferentes formas. A mais simples e mais freqüentemente utilizada são as repetições em torno de dez movimentos, com intervalos entre séries entre um minuto e um minuto e meio. A força e a resistência anaeróbia aumentam paralelamente, justificando a utilização deste tipo de estímulo para quase todos os objetivos do treinamento com pesos.
O estímulo adequado no tempo certo é capaz de produzir respostas hormonais satisfatórias, especialmente no que diz respeito ao GH (hormônio de crescimento), insulina e testosterona, hormônios intimamente ligados à hipertrofia muscular. 
.......Como descrito acima, deve-se presumir que o fenômeno da homeostase também se aplica ao trabalho muscular. Em todas as situações em que houver a uma maior demanda de trabalho, se faz necessário adaptar o músculo para garantir um equilíbrio dinâmico adaptado a uma nova realidade. Por outro lado, a diminuição do trabalho muscular culminará na diminuição da massa muscular que significa a resposta adaptativa, garantindo a capacitação para o trabalho na medida de sua necessidade.



Fonte: http://www.uff.br/WebQuest/pdf/musc.htm

sábado, 14 de dezembro de 2013

Índice Cintura-Quadril - ICQ X IMC


O excesso de gordura corporal em seus diversos níveis representa diferentes graus de fatores de risco para a saúde.
Diversos estudos tem demonstrado a relação direta entre doenças importantes e a medida da circunferência abdominal.
Os índices de 0.95 ou menos, para homens e, 0.80 ou menos para mulheres são considerados seguros.
Digite as medidas da cintura, na altura do umbigo e, para o quadril, na região com a maior circunferência do quadril e divida a primeira pela segunda.
É o cálculo que se faz para verificar o risco que um indivíduo possui de sofrer de doenças cardíacas pois quanto maior a concentração da gordura abdominal (próxima ao coração), maior o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O IMC não nos ajuda muito se tivermos uma porção muscular avantajada em detrimento de um menor percentual de gordura. O IMC irá igualar o obeso com o indivíduo que tem uma maior porção de massa muscular magra.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Abdominal com Polia Alta

Ajoelhado, barra atrás da nuca:
 - Inspirar e flexionar a coluna para aproximar o esterno do pube. Expirar durante a execuçção.
Esse movimento não deve ser executado pesadamente, sendo importante concentrar-se para localizar melhor o trabalho sobre a musculatura abdominal e, sobretudo, sobre o reto do abdome.
Além de exigir, secundariamente o envolvimento de outros músculos do abdome, o principal envolvido é o reto abdominal. Um pouco complexa a execução, mas um bom controle de todos os componentes que envolvem a carga deve trazer sérios resultados positivos para a musculatura pretendida. É um sério exercício e muito usados por praticantes mais avançados ou com conhecimento necessário para desenvolvê-lo. O músculo reto do abdome é um composto de ventres musculares pequenos e são muito fortes. Por isso, Deve ser um exercício não menos que moderado e com devida orientação de um profissional.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

COMENTÁRIO PESSOAL

Profissional de Educação Física é pouco reconhecido e pouco valorizado. Mas, isso não se deve somente a uma subcultura criada em seu meio, mas a princípio, de uma lei fraca e pouco exigente ao explorar a função tão importante que tem o profissional da "medicina preventiva" que é a Educação Física.
A lei nº 9.696, de 1º de Setembro de 1998, que dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física; se empobrece, se ridiculariza e menospreza o conhecimento científico envolvido na profissão que envolve inúmeros estudos e afeta atletas, esportistas e ex-sedentários de nosso país. Principalmente no que tange o inciso III do Art. 2º, que também inscreve nos conselhos regionais os que, até a data do início da vigência desta lei, tenha comprovadamente exercido atividades próprias dos Profissionais de Educação Física, nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física.
Ao meu simples ver, independente dos termos estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física, de acordo com a Lei das Contravenções Penais - DL-003.688-1941, Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício: Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa. Nesse ponto, uma lei contraria a outra, e fica a questão: O que vale? Não sei, só posso afirmar que quanto ao exercício ilegal da profissão, apenas dizer que exerce a profissão para a qual não é habilitado incorre em crime. E neste ponto há uma falha terrível na lei Nº 9.696 de setembro de 1998 no que tange o Art. 2º, III. FELIZMENTE A PRIMEIRA LEI CITADA DIZ, ATÉ O INÍCIO DA VIGÊNCIA DESTA LEI. CONCLUI-SE ENTÃO, QUE HOJE NÃO SE "CRIAM" MAIS PROFISSIONAIS PROVISIONADOS.

GESTÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO

Intervenção: Diagnosticar planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, prestar consultoria, orientar, avaliar e aplicar métodos e técnicas de avaliação na organização, administração e/ou gerenciamento de instituições, entidades, órgãos e pessoas jurídicas cujas atividades fins sejam atividades físicas e/ou desportivas.

Preparação Física

Intervenção: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar e aplicar métodos e técnicas de avaliação, prescrição e orientação de atividades físicas, objetivando promover, otimizar, reabilitar, maximizar e aprimorar o funcionamento fisiológico orgânico, o condicionamento  e o desempenho físico dos praticantes das diversas modalidades esportivas, acrobáticas e artísticas.

domingo, 13 de outubro de 2013

Impacto do envelhecimento


Esta revisão teve como objetivo analisar os principais efeitos do envelhecimento em diferentes componentes da aptidão física: antropométricos, neuromusculares e metabólicos. Considerando as variáveis antropométricas, o processo de envelhecimento é acompanhado por um aumento do peso corporal, especialmente dos 40 aos 60 anos de idade, com diminuição após os 70 anos de idade; diminuição da estatura corporal gradativa, explicada, em grande parte, pela perda de massa óssea; aumento da gordura corporal, diminuição da massa livre de gordura e seus principais componentes(mineral, água, proteína e potássio); diminuição da taxa metabólica de repouso, massa muscular esquelética e massa óssea. Nos aspectos neuromotores, o aumento da idade cronológica é acompanhado por uma perda da área dos músculos esqueléticos, explicada pela diminuição do número e tamanho das fibras musculares (em especial, das fibras de contração rápida do tipo IIb) e uma perda gradativa da força muscular e, portanto, do desempenho neuromotor. Nas variáveis metabólicas, os principais efeitos, na aptidão física, acontecem na diminuição da potência aeróbica (consumo máximo de oxigênio) em torno de 1% por ano, mesmo em indivíduos ativos. Esses efeitos deletérios do envelhecimento têm sido apresentados especialmente em estudos transversais, com grupos de ambos os sexos e faixas etárias variando dos 20 aos 90 anos de idade, com escassas evidências de estudos longitudinais. Os efeitos da perda começam a ser aparentes em torno dos 50 anos de idade e na maior parte das variáveis da aptidão física, a perda é gradativa e em torno de 1% ao ano ou 10% por década de vida. No entanto, os indivíduos ativos apresentam também alterações na aptidão física com o processo de envelhecimento, essas perdas parecem ser menores, em relação aos indivíduos sedentários.
 
 
FONTE: Matsudo, S.M., Matsudo, V.K.R. e Barros Neto, T.L., Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 8 (4): 21-32, 2000.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Tratamento de flacidez do reto abdominal após o parto normal


Este artigo descreve o tratamento realizado em três pacientes que se encontravam no puerpério, de parto normal, no Hospital Universitário São José-UNIG, Mesquita-RJ.
corrente russaNele, os autores dizem que após o nascimento do bebê o corpo da nova mãe começa o seu período de recuperação, e a volta ao normal, ou seja, à normalidade após o nascimento, não será como seu estado pré-gravidez, mas será um novo corpo feminino que passou pela gravidez e pelo parto. Antes dela ficar grávida, ela pode estar ou não satisfeita com seu corpo, mas esse é o modo como ela está acostumada a vê-lo. Nas primeiras horas após o parto talvez ela fique satisfeita com o relativo achatamento de seu abdômen, mas ao começar a se movimentar e ao se olhar em um espelho ela irá se deparar com um terceiro corpo; um abdômen vazio, pendente e ainda aumentado, com uma pele enrugada como "papel crepom" e na medida que ela se move, fala e ri, irá perceber uma falta quase completa de controle dos músculos abdominais. Toda a cinta abdominal estará enfraquecida com muito pouco controle mecânico aparente; devido a isso (além de uma maior elasticidade presente nos ligamentos) a região posterior do tronco ficará muito mais vulnerável a lesões (Polden & Mantle, 2000).
Segundo Resende & Montenegro (1982), o puerpério é um período cronologicamente variável, de âmbito impreciso, durante o qual se desenrolam todas as manifestações involutivas e de recuperação da genitália materna havidas após o parto. A relevância e a extensão desses processos são proporcionais ao vulto das transformações gestacionais experimentadas e diretamente subordinadas à duração da gravidez.
Por via de regra, completa-se a involução puerperal no prazo de 6 semanas, embora seja aceitável dividir o período que se sucede ao parto em: pós parto imediato (do 1º ao 10º dia), pós-parto tardio (do 10º ao 45º dia) e pós parto remoto (além do 45°). O útero grávido em crescimento não apenas
estira os músculos abdominais, como devido á frouxidão da linha alba e dos retos abdominais separados, deixam um espaço de mais ou menos 1 a 3 cm entre os dois ventres do músculo reto abdominal no final da gestação, chamado de diástase. As fibras musculares abdominais encompridam e, como a linha alba se separa (diástase), o abdômen protrui a partir das 20 semanas, para acomodar o feto em crescimento. A involução do útero (após o parto) geralmente termina em cerca de catorze dias, mas os músculos abdominais podem levar seis semanas para retornar ao estado pré-gestacional e seis meses até que a força total retorne (Thomson et al, 1994). Segundo Polden & Mantle (2000), a diástase será visível em qualquer mulher que tenha terminado a gravidez. Isso pode variar entre uma pequena lacuna vertical com 2 a 3 cm de largura e 12 a 15 cm de comprimento, em um espaço medindo de 12 a 20 cm de largura, e estendendo-se por quase todo o comprimento dos músculos retos. Existem vários relatos na literatura, que incluem resultados satisfatórios do uso da eletroestimulação para melhora da qualidade da função muscular. Os objetivos da técnica incluem: manter a qualidade e quantidade do tecido muscular, recuperar a sensação de tensão muscular, aumentar ou manter força muscular, e estimular o fluxo de sangue no músculo. O aumento da força muscular com eletroestimulação pode ser alcançada em pouco tempo e este fortalecimento se dá artificialmente (Camargo et al, 1998; Hoogland, 1988 ).
Segundo Sivini & Lucena (1999), a estimulação elétrica constitui um método eficaz no fortalecimento muscular tanto em pacientes saudáveis como em pacientes no pós-operatório. Produz melhores resultados do que um trabalho constituído apenas por exercícios. Combinada com a contração muscular ativa, o uso da eletroestimulação provê resultados muito superiores aos exercícios isolados.
Foram selecionadas para a terapêutica três puérperas primíparas de parto normal, saudáveis, com idade de 18, 22 e 30 anos (denominadas pacientes A, B, e C, respectivamente) moradoras da região da Baixada Fluminense, RJ, pacientes do Hospital Universitário São José – UNIG, em Mesquita, RJ.
Antes e após o tratamento as pacientes foram submetidas a uma avaliação constituída de perimetria abdominal, aferição com uso do paquímetro e fotografia.
A descrições de estudos de caso não são escritas para provar a eficácia de métodos de tratamento; elas não são investigações, mas apenas descrições de prática. Portanto, os resultados do tratamento destas pacientes não podem ser generalizados para outras de quadro clínico similar. Esta apresentação de caso ajuda a divulgar experiências clínicas entre fisioterapeutas que labutam na área de gineco-obstetrícia, gera hipóteses para serem investigadas em pesquisas futuras, fornece material para o ensino da profissão, motiva a prática profissional, e auxilia a formular parâmetros e guias de práticas clínicas (Mcewen, 1996).
A análise dos dados da perimetria permitiu concluir que, a despeito da diversidade inerente às pacientes, o tratamento reduziu medidas pelo encurtamento do reto abdominal em sua dimensão longitudinal. Por outro lado, o acompanhamento dos resultados obtidos através da utilização do paquímetro levou à conclusão de que existiu também redução transversal da diástase entre os dois segmentos musculares testados. Além disto, a avaliação subjetiva e o acompanhamento regular das pacientes mostrou melhora do
tônus e do trofismo muscular.
O estudo apresentado mostrou resultados favoráveis que justificam seu uso na terapêutica puerperal. Mesmo na falta de dispositivos precisos de avaliação, foi possível, usando a perimetria e fotos, observar melhora satisfatória no quadro de flacidez que as pacientes apresentavam, e o tratamento pôde reduzir medidas pelo encurtamento do reto abdominal em sua dimensão longitudinal. Usando o paquímetro ficou claro a redução da diástase num período menor que o fisiológico. Fato este que foi considerado muito importante, pois foi capaz de evidenciar rápida melhora da função da musculatura abdominal, pois houve também aparente melhora do tônus e trofismo muscular abdominal. 

FONTE: BORGES, Fábio dos Santos; VALENTIN, Ericka Christine. Tratamento da flacidez e diástase do reto-abdominal no puerpério do parto normal com o uso de eletroestimulação musculaar com corrente de média frequência – Estudo de caso. Revista Brasileira de Fisioterapia Dermato-Funcional - Vol. 1 n° 1 - 2002

domingo, 28 de julho de 2013

Termogênicos

O mesmo processo que mantém a temperatura do nosso corpo sempre em torno do 36ºC pode nos ajudar a emagrecer, se for usado corretamente. Trata-se do fenômeno da termogênese, ou seja, nossa capacidade de equilibrar a temperatura interna do corpo com a do meio ambiente.
 
Esse processo é parte do mecanismo da termorregulação, que permite a certos seres vivos gastarem energia para produzir e dispersar calor de acordo com as mudanças no meio externo ou com as necessidades internas. A termogênese está estritamente associada ao metabolismo.
Todas as células e tecidos do nosso corpo acabam gerando calor no processo de utilizar a energia disponível para seu funcionamento normal. Se o dia estiver quente, por exemplo, a pessoa transpira e perde calor para manter sua temperatura em 36ºC. Se estiver frio, por outro lado, a transpiração diminui e os pelos se eriçam. Nesse caso, a pessoa pode sentir tremores, o que indica que está queimando energia para elevar a temperatura de volta ao normal. Tudo isso é o efeito da termogênese associada ao metabolismo.
Existem dois tipos. O primeiro deles é obrigatório, ou seja, o gasto do nosso metabolismo em repouso, responsável pelos processos fisiológicos como digestão, respiração, etc. Já a termogênese facultativa acontece com nossas atividades diárias e também com alimentação e adaptação a mudanças de temperatura ambiente. Delas, a atividade física é a que queima mais energia (até 40% do total).
Termogênese alimentar é a energia que consumimos para processar e digerir os alimentos. Se uma pessoa consome ingredientes hipercalóricos, notará que transpirou após a refeição, porque o organismo procura eliminar, sob a forma de calor, a energia que está sendo armazenada sob a forma de gordura. Mas existem alguns alimentos, chamados termogênicos, que tornam o processo da digestão mais lento, como as fibras, ou que aumentam a queima de calorias, como o café.
A quantidade de calorias ingeridas é monitorada pela corrente sanguínea por uma região do cérebro chamada hipotálamo. Se as calorias forem excessivas, o hipotálamo emite sinais químicos para que o excesso seja queimado. Isso acontece porque o tecido adiposo produz leptina. Quando a produção é pequena, o hipotálamo é orientado a aumentar a sensação de fome e reduzir o gasto de calorias. Quando há muita leptina circulante no sangue, o hipotálamo produz sensação de saciedade e aumenta o gasto energético. O principal tecido onde ocorre esse tipo de termogênese é o músculo esquelético, que constitui 40% do tecido muscular do nosso corpo.
Com a proibição do uso da efedrina (Haaz e colaboradores, 2006), outros substratos começaram a ser utilizados, em larga escala, pela indústria na fabricação dos suplementos que causam o aumento da termogênese e, consequentemente, da oxidação de gordura.
Dentre eles, o Citrus aurantium (laranja amarga: p-sinefrina), a Camellia sinensis (chá verde: catequinas) e a Paullinia cupana (guaraná: cafeína) tem sido estudados, isoladamente ou combinados, em diversos estudos (Armstrong, Johnson e Duhme, 2001; Murase e colaboradores, 2002; Martínez-Álvares, Gómez-Candela, Villarino-Marín, 2006; Batista e colaboradores, 2009; Seifert e colaboradores, 2011), na tentativa de melhor esclarecer os seus mecanismos e possíveis ações sobre a termogênese e a oxidação de lipídios. No entanto, o uso de produtos com dose concentrada de extratos de guaraná, laranja amarga, chá verde e outros, com intuito de reduzir a massa gorda, não possuem evidências científicas suficientes para serem recomendados para esse fim e de forma duradoura e saudável (Koithan e Niemeyer, 2010). Desta forma, existem produtos comerciais que auxiliam no aumento da velocidade do metabolismo, que são aprovados e com resultados positivos feitos por pesquisadores.
FONTE: Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 6. n. 33. p. 168 - 177. Mai/Jun. 2012. ISSN. 1981 - 9977.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

BCAA

É muito comum ao iniciar o treinamento em academias surgir as primeiras curiosidades a respeito dos suplementos. No atendimento nutricional em academias muitos praticantes de atividade física procuram conhecer melhor o suplemento protéico BCAA, mas o que é esse suplemento?
Antes de dar essa resposta precisamos entender primeiro o que são aminoácidos e proteínas.
Aminoácidos são pequenas unidades que formam uma estrutura maior chamada proteína, que por sua vez é a unidade básica do tecido muscular. Em nosso corpo ocorre a produção de alguns aminoácidos, entretanto outros devem ser adquiridos através alimentação, pois não são fabricados pelo nosso corpo. Estes são chamados de aminoácidos essenciais.
São exemplos de aminoácidos essenciais: leucina, isoleucina e valina que são aminoácidos de cadeia ramificada encontrados, principalmente, em fontes protéicas de origem animal. São conhecidos popularmente como os BCAAs, sigla derivada da sua designação em inglês: Branched Chain Amino Acids.
Após a ingestão, os BCAAs são absorvidos no intestino e transportados até o fígado, via circulação porta. No fígado, os BCAAs podem ser utilizados como substrato para síntese protéica e assim entram na construção dos músculos. Além disso, os BCAAs estimulam a produção de glutamina e alanina, entre outras substâncias. O aminoácido glutamina apresenta efeito benéfico sobre a função do sistema imunológico e é o principal combustível das células epiteliais do intestino.
Entretanto, durante a atividade física o corpo entra em um estado de catabolismo, quando ocorre a quebra de um substrato para o fornecimento de energia para as células e esse substrato pode ser a proteína muscular. Para que ocorra a construção de proteínas, e não a degradação, o ideal é que a alimentação seja rica em carboidratos (para oferecer energia para as células) e em aminoácidos diversos, inclusive os BCAA’s, que irão entrar principalmente na construção do tecido muscular. Este estado de construção a partir de substratos é chamado de anabolismo.
Desta maneira uma alimentação adequada em alimentos de origem vegetal e animal são fundamentais para atingir um bom desempenho esportivo. Se sua alimentação é deficiente em um determinado nutriente que é utilizado fundamentalmente em produção de energia durante o exercício, sua perfomance será prejudicada. Ou seja, se a dieta for equilibrada composta por alimentos variados e coloridos em quantidades adequadas o atleta não estará sujeito a deficiência nutricional.
Não esqueça que a hidratação deve ser reforçada para os praticantes de atividade física. A água é importante no metabolismo de nutrientes e na excreção dos metabólitos produzidos. Além disso, muita água é perdida na forma de suor e na respiração durante a prática da atividade física intensa e também nas atividades do dia a dia.
Por isso ao iniciar a prática de qualquer atividade física procure um nutricionista. Este profissional é capaz de orientar planos alimentares e suplementos que se adéquam aos objetivos como o ganho de massa magra, redução de tecido adiposo, aumento de resistência muscular  e também é habilitado para calcular as necessidades metabólicas individuais em cada fase do treinamento.
 
 
Fonte:  ANutricionista.Com - Glaucia Figueiredo Justo - CRN4 09100413 - Nutricionista em Vila Velha.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Whey Protein

Proteínas do soro do leite/Whey protein:
Nas últimas décadas, numerosas pesquisas vêm demonstrando as qualidades nutricionais das proteínas solúveis do soro do leite, também conhecidas como whey protein. As proteínas do soro são extraídas da porção aquosa do leite, gerada durante o processo de fabricação do queijo.
Atletas, praticantes de atividades físicas, pessoas fisicamente ativas e até mesmo portadores de doenças, vêm procurando benefícios nessa fonte protéica.
Evidências recentes sustentam a teoria de que as proteínas do leite, incluindo as proteínas do soro, além de seu alto valor biológico, possuem peptídeos bioativos, que atuam como agentes antimicrobianos, anti-hipertensivos, reguladores da função imune, assim como fatores de crescimento.
As frações, ou peptídeos do soro, são constituídas de: beta-lactoglobulina (BLG), alfa-lactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig‘s) e glicomacropeptídeos (GMP). Essas frações podem variar em tamanho, peso molecular e função, fornecendo às proteínas do soro características especiais. Presentes em todos os tipos de leite, a proteína do leite bovino contém cerca de 80% de caseína e 20% de proteínas do soro, percentual que pode variar em função da raça do gado, da ração fornecida e do país de origem. No leite humano, o percentual das proteínas do soro é modificado ao longo da lactação, sendo que no colostro representam cerca de 80% e, na seqüência, esse percentual diminui para 50%.
A BLG é o maior peptídeo do soro (45,0%-57,0%), representando, no leite bovino, cerca de 3,2g/l, o que lhe confere resistência à ação de ácidos e enzimas proteolíticas presentes no estômago, sendo, portanto, absorvida no intestino delgado. É o peptídeo que apresenta maior teor de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), com cerca de 25,1%. Importante carreadora de retinol (pró vitamina A) materno para o filhote, em animais; em humanos essa função biológica é desprezada, uma vez que a BLG não está presente no leite humano.
Em termos quantitativos, a ALA é o segundo peptídeo do soro (15%-25%) do leite bovino e o principal do leite humano e caracteriza-se por ser de fácil e rápida digestão. Contém o maior teor de triptofano (6%) entre todas as fontes protéicas alimentares, sendo, também, rica em lisina, leucina, treonina e cistina.
A ALA possui a capacidade de se ligar a certos minerais, como cálcio e zinco, o que pode afetar positivamente sua absorção. Além disso, a fração ALA apresenta atividade antimicrobiana contra bactérias patogênicas.
A BSA corresponde a cerca de 10% das proteínas do soro do leite. É rico em cistina (aproximadamente 6%), e relevante precursor da síntese de glutationa. Possui afinidade por ácidos graxos livres e outros lipídeos, favorecendo seu transporte na corrente sanguínea.
As Ig’s são proteínas de alto peso molecular (150 -1.000kDa). Quatro das cinco classes das Ig’s estão presentes no leite bovino (IgG, IgA, IgM e IgE), sendo a IgG a principal, constituindo cerca de 80% do total. No leite humano, a IgA constitui a principal imunoglobulina (>90%). Suas principais ações biológicas residem na imunidade passiva e atividade antioxidante.
O GMP (6,7kDa) é um peptídeo resistente ao calor, à digestão assim como a mudanças de pH. Curiosamente, muitos autores não descrevem o GMP como um peptídeo do soro. Na verdade, o GMP é um peptídeo derivado da digestão da caseína-kapa, pela ação da quimosina durante a coagulação do queijo. Essa fração está presente em um tipo de proteína do soro, conhecida como whey rennet. Apresenta alta carga negativa, que favorece a absorção de minerais pelo epitélio intestinal, e, assim como a fração BLG, possui alto teor de aminoácidos essenciais (47%).
As sub-frações ou peptídeos secundários das proteínas do soro são assim denominadas por se apresentarem em pequenas concentrações no leite. Compreendem as sub-frações: lactoferrina, beta-microglobulinas, gama-globulinas, lactoperoxidase, lisozima, lactolina, relaxina, lactofano, fatores de crescimento IGF-1 e IGF-2, proteoses-peptonas e aminoácidos livres. As subfrações lactoferrina, lisozima, lactoperoxidase, encontradas no leite humano, fornecem propriedades antimicrobianas importantes para o recém-nascido, assim como os fatores de crescimento IGF-I e IGF-II, que estão relacionados com o desenvolvimento do tubo digestivo.
Segundo Salzano Jr, 100g de concentrado protéico do soro do leite possui, em média, 414kcal, 80g de proteína, 7g de gordura e 8g de carboidratos. Os BCAA perfazem 21,2% e todos os aminoácidos essenciais constituem 42,7%. Segundo o autor, esses valores estão acima da média, quando comparados àqueles de outras fontes protéicas, fornecendo às proteínas do soro importantes propriedades nutricionais. Em relação aos micronutrientes, possui, em média, 1,2mg de ferro, 170mg de sódio e 600mg de cálcio por 100g de concentrado protéico.
 
 Efeitos sobre o anabolismo muscular
 A ingestão de proteína ou aminoácidos, após exercícios físicos, favorece a recuperação e a síntese protéica muscular. Além disso, quanto menor o intervalo entre o término do exercício e a ingestão protéica, melhor será a resposta anabólica ao exercício.
Pessoas fisicamente ativas e atletas necessitam de maior quantidade protéica que as estabelecidas para indivíduos sedentários. Segundo Lemon, pessoas envolvidas em treinos de resistência necessitam de 1,2 a 1,4g de proteína por quilograma de peso ao dia, enquanto que atletas de força, 1,6 a 1,7g.1 por kg de peso/dia, bem superior aos 0,8-1,0g por kg de peso/dia dia, estabelecidos para indivíduos sedentários.
 
A quantidade e o tipo de proteína ou de aminoácido, fornecidos após o exercício, influenciam a síntese protéica. Estudos têm mostrado que somente os aminoácidos essenciais, especialmente a leucina, são necessários para estimular a síntese protéica.
Van Loon et al. demonstraram que a ingestão de uma solução contendo proteínas do soro e carboidratos aumentou significantemente as concentrações plasmáticas de 7 aminoácidos essenciais, incluindo os BCAA, em comparação à caseína. Anthony et al. sugerem que a leucina participe no processo de iniciação da ativação da síntese protéica.
O perfil de aminoácidos das proteínas do soro, principalmente ricas em leucina, pode, desta forma, favorecer o anabolismo muscular. Além disso, Ha & Zamel destacam que o perfil de aminoácidos das proteínas do soro é muito similar ao das proteínas do músculo esquelético, fornecendo quase todos os aminoácidos em proporção similar às do mesmo, classificando-as como um efetivo suplemento anabólico.
Estudos demonstram que as proteínas do soro são absorvidas mais rapidamente que outras, como a caseína, por exemplo. Essa rápida absorção faz com que as concentrações plasmáticas de muitos minoácidos, inclusive a leucina, atinjam altos valores logo após a sua ingestão.
Além de aumentar as concentrações plasmáticas de aminoácidos, a ingestão de soluções contendo as proteínas do soro aumenta, significativamente, a concentração de insulina plasmática, o que favorece a captação de aminoácidos para o interior da célula muscular, otimizando a síntese e reduzindo o catabolismo protéico.
O aumento na concentração de BCAA, induzido pelas proteínas do soro, pode atuar também inibindo a degradação protéica muscular.
 
 Redução de Gordura Corporal
Vários trabalhos têm mostrado que as proteínas do soro favorecem o processo de redução da gordura corporal, por meio de mecanismos associados ao cálcio, e por apresentar altas concentrações de BCAA.
As proteínas do soro são ricas em cálcio (aproximadamente 600mg/100g). Uma provável explicação seria que o aumento no cálcio dietético reduz as concentrações dos hormônios calcitrópicos, principalmente o 1,25 hidroxicolecalciferol (1,25(OH)2D). Em altas concentrações, esse hormônio estimula a transferência de cálcio para os adipócitos. Nos adipócitos, altas concentrações de cálcio levam à lipogênese (síntese de novo) e à redução da lipólise. Portanto, a supressão dos hormônios calcitrópicos mediada pelo cálcio dietético, pode ajudar a diminuir a deposição de gordura nos tecidos adiposos. As proteínas do soro poderiam oferecer uma vantagem sobre o leite como fonte de cálcio, em pessoas intolerantes à lactose, uma vez que grande parte dos suplementos à base de proteínas do soro é praticamente isenta de lactose, e pelo fato de essa proteína apresentar percentual de gordura menor que 2%. Pesquisas têm reavaliado a contribuição dos BCAA para a homeostase glicêmica, pois esses aminoácidos são degradados nos tecidos musculares em proporção relativa à sua ingestão.
Essa degradação aumenta as concentrações plasmáticas dos aminoácidos alanina e glutamina, que são transportadas para o fígado para a produção de glicose (gliconeogênese). Por elevar as concentrações plasmáticas de BCAA, a utilização de proteínas do soro nesses tipos de dietas seria vantajosa por reduzir a liberação de insulina pós-prandial e maximizar a ação do fígado no controle da glicemia, a partir da gliconeogênese hepática. Além disso, pelo fato de a leucina atuar nos processos de síntese protéica, altas concentrações desse aminoácido favorecem a manutenção da massa muscular durante a perda de peso. Em síntese, as proteínas do soro interferem positivamente na redução de gordura em função de seu alto teor de cálcio - e, conseqüentemente, pela atuação deste sobre o hormônio 1,25(OH)2D - e por agirem sobre os hormônios CCK e GLP-1. Sua utilização em dietas para perda de peso auxilia o controle da glicemia e a preservação da massa muscular devido às altas concentrações de BCAA.
 
 

FONTE: HARAGUCHI, Fabiano Kenji; ABREU, Wilson César de; DE PAULA, Heberth. Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Rev. Nutr., Campinas, 19(4):479-488, jul/ago., 2006.
 
 
 
 
 

sábado, 15 de junho de 2013

Relaçäo entre força abdominal, abdome protuso e hiperlordose lombar

Este artigo buscou-se relacionar a presença de hiperlordose lombar com a diminuição funcional da parede abdominal por meio de fotometria postural, radiografias da coluna lombar, juntamente com eletromiografia de superfície para as musculaturas reto-abdominal e extensores da coluna em pacientes, portadores ou não de hiperlordose lombar, podendo estar associada à protusão abdominal.
A pesquisa possui natureza descritiva exploratória, cuja população consiste de 239 acadêmicas, com faixa etária entre 20 e 30 anos, do curso de Fisioterapia da Universidade Potiguar, situada na cidade de Natal/RN, realizada no período de março a maio de 2005. A amostra foi selecionada de forma não-probabilística aleatória, sendo composta por 18 mulheres.
Critérios de inclusão: nuliparidade, idade mínima de 20 anos e máxima de 30, possuir Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 18,5 e 25 kg/m2 (faixa de normalidade de acordo com a Organização Mundial de Saúde), além de estar de acordo e disponível para submeter-se às seguintes formas de avaliação: fotometria, raio-X em perfil da coluna lombar e eletromiografia de superfície.
Após as avaliações, os dados coletados apresentaram grandes discrepâncias de resultados, mostrando que o exame radiológico é mais eficaz do que a fotometria para análise da coluna lombar e quadril; nem sempre o abdome protuso está acompanhado de hiperlordose lombar e/ou da fraqueza da musculatura abdominal, porém existe relação entre a força muscular do reto-abdominal e seu potencial de ação, já que 60% das hiperlodóticas com grau 5 de força apresentam faixa eletromiográfica acima da normal (90μV). Os 40% restantes também se enquadram na distribuição equivalente à relação força-potencial de ação.
Os autores alertam que esta pesquisa deve ser reaplicada com uma amostra maior, seguindo os mesmos padrões metodológicos.

FONTE: PONDOFE, Karen de Medeiros; ANDRADE, Maria Cláudia Carvalho de; MEYER, Patrícia Froes; SILVA, Elaine Maria da. Relaçäo entre força abdominal, abdome protuso e ängulo lombossacral, em mulheres Jovens. Fisioterapia em Movivento, Curitiba, v.19, n.4, p. 99-104, out./dez., 2006.




sexta-feira, 31 de maio de 2013

Técnicas Manuais e Reduçäo de Medidas do Abdome

Este artigo quis mostrar que existe eficácia na associaçao de técnicas manuais e eletrotermoterapia na reduçao de medidas do abdome.
De acordo com o artigo, a massagem manual estética tem alto impacto e significativo resultado. Ou seja, é uma massagem modeladora e não um tratamento cirúrgico ou procedimento com aplicações. É feita juntamente com cremes específicos. As massagens manuais estéticas servem para auxiliar os tratamentos estéticos em geral, reduzir medidas e evitar a retenção de líquidos através da aceleração do metabolismo. Esta técnica seria utilizada logo após a aplicaçao do uso do equipamento de Ultra-som (U.S.) com protocolos pré-definidos. O mecanismo de ação da quebra de gordura se daria por um aumento da energia dentro do adipócito (célula de gordura), com formação de bolhas de ar que vão se confluindo até causar a ruptura da membrana celular, com saída da gordura para o espaço entre as células, que é posteriormente drenada para o fígado ou para as vias linfáticas. A produçao deste estudo contou com apenas uma mulher de 28 anos de idade como amostra e teve duraçao de 20 dias, com 03 sessoes por semana. Verificou-se ao fim do estudo que a 03 centímetros (cm) acima da cicatriz umbilical a voluntária teve reduçao de 06 cm; na linha da cicatriz umbilical uma reduçao de 10 cm, e a tres cm abaixo da cicatriz umbilical, teve reduçao de 09 cm. O estudo informa que apesar destas mudanças nas mediadas, nao houve alteraçao no peso da voluntária, ou seja, o peso nao diminuiu.
Quero informar que trouxe este artigo apenas como exemplo e demonstraçao de que existem outros métodos que o mercado utiliza como forma de melhorar a estética e a auto estima das pessoas e que estes métodos alternativos podem trazer resultados positivos (de acordo com a expectativa da pessoa). Os resultados nao indicam maiores mudanças na qualidade ou estilo de vida da pessoa, assim como nao informam sobre o estado de saúde da pessoa envolvida. Este estudo foi realizado com apenas uma voluntária e na minha modesta opiniao, toda a sua metodologia e embasamento científico poderia ser revistos; haja vista o conceito da revista em que tal trabalho foi publicado.
 
Fonte: EFICÁCIA DA ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS MANUAIS E ELTROTERMOTERAPIA NA REDUÇÃO DE MEDIDAS DO ABDOME. Revista de Biologia e Saúde da UNISEP - ISSN: 1982-2774. Biology & Health Journal - v.1, n.1, 2. 2007.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Fica a dica: Se você tem Hérnia de disco, resolva este problema antes de se preocupar com seu abdome! Procure um ortopedistas e/ou um Fisioterapeuta.

Pirâmides Nutricionais

PARA MELHOR ENTENDIMENTO: PROCURE SEU NUTRICIONISTA!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Músculo Quadrado Lombar

O músculo quadrado lombar tem origem no lábio interno posterior da crista ilíaca e se insere nos processos transversos das quatro vértebras lombares superiores e bordo inferior da décima segunda costela.
Ele age na flexão lateral para o lado o qual está situado e estabiliza a pelve, assim como a coluna lombar. Para todas as finalidades práticas, é impossível palpá-lo exceto em um indivíduo extremamente magro.
O quadrado lombar é importante na flexão lateral lombar e na elevação da pelve no mesmo lado da posição em pé. Movimentos de rotação e flexão lateral com resistência são bons exercícios para o desenvolvimento desse músculo. A posição do corpo em relação à gravidade pode ser mudada para aumentaar a resistência a este e outros músculos do tronco e abdome.



Fonte: Manual de Cinesiologia Estrutural. THOMPSON Ph.D., F.A.C.S.M.; FLOYD, R.T.. 12 Edição. Editora ManoleModificado de Anthony CP, Kolthoff NJ: Texbook of anatomy ad physiology, ed 9, St. Louis, 1975, Mosby.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Músculo Íliopsoas

Sua origem é na base do sacro e lados dos corpos da última vértebra torácica (T12) e de todas as vértebras lombares (L1-5), além da borda interna do ílio. Se insere no trocânter menor do fêmur e diáfise imediatamente abaixo. A função dele é de flexão do quadril e a rotação externa do fêmur. Mas é impossível de palpá-lo, exceto com relaxamento quase completo do músculo reto abdominal.
 
O músculo iliopsoas é poderoso em ações tais como elevar as pernas a partir de uma posição de decúbito dorsal sobre o solo. Nesta posição, traciona a região lombar para cima enquanto eleva as pernas. Por essa razão, problemas lombares são sentidos.
Os abdominais são os músculos que podem ser usados para prevenir traumatismos lombares, ao tracionarem para cima e para frente da pelve assim achatando as costas. O LEVANTAMENTO DAS PERNAS É PRINCIPALMENTE FLEXÃO DO QUADRIL E NÃO AÇÃO ABDOMINAL. As costas podem ser lesadaspor exercícios vigorosos e prolongados de levantamento de pernas.
O iliopsoas pode ser exercitado apoiando-se os braços em barras de afundamento ou barras paralelas e a seguir flexionar os quadris para levantar as pernas, sempre sob orientação de um profissional.
 
 
Fonte: Thompson, Clem W. Ph.D., F.A.C.S.M.; Floyd R. T., M.A.T.,A.T.,C. Manual de Cinesiologia Estrutural. 12 Edição. Modificado de Anthony CP, Kolthoff NJ: Textbook of anatomy and physiology, ed 9, St. Louis, 1975, Mosby.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Oblíquo Interno do Abdome

O músculo oblíquo interno do abdome tem origem na metade superior do ligamento inguinal, dois terços anteriores da crista do ílio e fáscia lombar. Sua inserção abrange as cartilagens costais da oitava, nova e décima costelas e linha alva.
Este músculo é encontrado em ambos os lados do tronco, na região abdominal. Do lado direito, a sua função é a flexão lateral lombar e rotação para a direita. Do lado esquerdo, a flexão lateal lombar e rotação para a esquerda.
Percebe-se estes músculos no lado lateral do abdome quando o oblíquo externo esta relaxado.
O músculo oblíquo interno do abdome corre diagonalmente na direção oposta à do obliquo externo. O oblíquo interno esquerdo gira para a esquerda e o oblíquo interno direito gira para a direita. Ao tocar com o cotovelo esquerdo no joelho direito, nos exercícios abdominais de levantar-se, até sentado, os músculos oblíquos externo esquerdo e oblíquo interno direito giram ao mesmo tempo, ajudando o músculo reto do abdome a flexionar o tronco para tornar possível o movimento completo. Nos movimentos rotatórios, o oblíquo interno e o oblíquo externo em lados opostos sempre trabalham juntos.
 
 
Fonte: Thompson, Clem W.; Floyd, R. T.; Manual de Cinesiologia Estrutural. 12a deição. Editora Manole LTDA.

sábado, 13 de abril de 2013

Oblíquo externo do abdome

Por ter origem na borda das oito costelas inferiores no lado do tórax interdigitando-se com o músculo serrátil anterior; e inserção na metade anterior da crista do ílio, ligamento inguinal, crista do púbis e fáscia do músculo reto do abdomena na frente inferior; o músculo oblíquo externo do abdome tem a função de fazer a flexão lombar. Do lado dirreito, faz a flexão lateral lombar para a direita e rotação para a esquerda. Do lado esquerdo, a flexão lateral lombar é para a esquerda e a rotação para a direita. Este músculo é mais superficial e para sua palpação, basta localizá-lo no lado lateral do abdome, esquerdo ou direito.
Tranbalhando em cada lado do abdome, os músculos oblíquos externos do abdome ajudam na rotação do tronco quando trabalhar independentemente um do outro. Trabalhando juntos, ajudam o músculo reto do abdome na sua ação descrita. O músculo oblíquo externo esquerdo do abdome entra em contração vigorosa nos exercícios abdominais durante o sentar quando o tronco ira para a direita, como ao tocar o cotoveo esquerdo no joelho direito. Girar para a esquerda põem em ação o oblíquo externo direito.
 
*Às vezes a origem e a inserção estão invertidas nos livros de anatomia. Isto resulta de diferentes interpretações de qual a estrutura óssea que é a mais móvel. A inserção é considerada a parte mais móvel de um músculo.
 
Fonte:THOMPSON, Clem W.; Floyd, T. R.. Mnual de Cinesiologia Estrutural, 12 deição. EDITORA MANOLE LTDA..

sexta-feira, 12 de abril de 2013

CONFEF

Diz a CARTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA (2009-2010)... "O CONFEF e os  CREFs, pelas suas atribuições em Lei e comprometimento diante da Educação Física no Brasil, atuarão fundamentalmente no compromisso de uma EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE, sendo que, para isto, deverão intervir por uma melhoria e valorização dos seus profissionais, inclusive quato ao cumprimento do Código de Ética estabelecido, complementando a sua intervenção com ações vigorosas e consistentes, como a elaboração e difusão desta CARTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, para que a Educação Física possa, de fato alcançar a QUALIDADE  objetivada e assim contribuir para uma sociedade cada vez melhor".
 
A questão é, como o CONFEF / CREF  atua em relação ao cumprimento do código de Ética ?? (Não é Claro para ninguém, principalmente para os profissionais da área que só fazem trabalhar).

Quais as ações executadas pelo CONFEF / CREF  que visam a valorização dos profissionais de Educação Física?? FATO: Os efeitos NUNCA são percebidos!!!

O que explica a perda de mercado do profissional de Educação Física para os estagiários, provisionados e tantos outros que se dizem capazes de atuar em uma área na qual não está preparado??

O que justifica tantas "academias" funcionando nos bairros da capital mineira? Que tipo de facilidade tais empresários podem ter para abrir uma "academia" em uma garagem???

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Marombeiros de Plantão

Nas academias de ginástica/musculação é comum encontrar pessoas a quem perguntamos: Quem monta o seu treino? As respostas variam entre, eu mesmo: 1- Fui competidor em levantamento de peso; 2- Fui alterofilista; 3- Sou provisionado pelo CREF; 4- Treino há muito tempo com FULANO; BELTRANO monta os treinos para mim, etc.
É fácil perceber o quanto é inadequada a execução dos exercícios, o consumo excessivo de complementos e/ou suplementos alimentares e o aspecto de corpo inchado que tais "marombeiros" apresentam, mesmo diante de tais argumentos. E, consequentemente, clinicamente, nota-se um despreparo físico.
Venho lembrar que tais argumentos não os qualificam para desempenhar um bom treinamento, e estes DEVEM ser barrados para que não prejudiquem seu estado de saúde, e muito menos aos profissionais no exercício de suas profissões que são responsáveis pela supervisão dos frequentadores de academias.
No entanto, o condicionamento físico, a qualidade de vida e a saúde não parecem prioridade, na maioria das vezes, entre as pessoas que se comportam desta maneira.
Nos dias de hoje, a estética parece prevalecer principalmente entre os jovens.
Cabe ao profissional de Educação Física no exercício de sua função, superfisionar o local de trabalho e a forma que as pessoas se comportam naquele determinado ambiente, de modo a inibir comportamentos inconvenientes e que se dirigem na contra-mão do desempenho no treinamento físico.
O princípio da individualidade biológica diz que cada corpo reage de forma diferente ao treinamento e que só o profissional formado e habilitado ao trabalho pode prescrever exercícios para o indivíduo em questão.
Também vale lembrar que a repetição de gestos, cópias de exercícios que o colega do aparelho ao lado se exercita provavelmente não é o mais indicado para você, pois se fosse, um Educador Físico o teria preescrito a você.
FICA A DICA: PRATIQUE A HUMILDADE E RECONHEÇA O QUANTO VOCÊ NÃO SABE!!!
PROCURE SEMPRE A ORIENTAÇÃO DE UM PROFISSIONAL!!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Reto do Abdome

Baseado nos experimentos apresentados neste estudo pode-se concluir que o músculo reto do abdome é uma estrutura extremamente complexa em sua arquitetura, sendo caracterizada por diversas porções musculares que se interconectam através de aponeuroses tendíneas, onde, provavelmente nenhuma fibra muscular atravesse suas porções. Devido a tal consideração, supõe-se que o controle das diversas porções, por sua independência anatômica, dependa de um aporte nervoso diferenciado para o controle motor. Assim, podem-se definir pelo menos um nervo para cada porção em ambos os ventres. Devido a tais considerações, se torna plausível considerar um controle neuromotor diferenciado de cada porção muscular, mas os experimentos relacionados à ativação muscular de baixa intensidade mostram um controle central compartilhado por todos os ventres e um ganho associado à tarefa para cada porção de forma distinta. Os resultados do experimento de indução de fadiga demonstraram diferenças no espectro, mostrando diferenças no controle neuromuscular em função das tarefas, mas não apresentou diferenças na análise temporal. Conclui-se, então, que existe uma ativação seletiva para cada porção muscular, embora não se consiga ativar apenas uma região do ventre muscular, em função do controle central associado. Deste modo, parece que a alteração da tarefa possui valor na alteração da ênfase para cada porção muscular, mas questiona-se o valor deste ganho para objetivos relacionados à força ou hipertrofia muscular.
 
Fonte: Marchetti, Paulo Henrique. Investigações sobre o controle neuromotor do músculo reto do abdome. Dissertação de mestrado. Escola de Educação Física e Esporte. Universidade de São Paulo. 2005.